quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Meus Alunos

(Alunos do 1º Ano/2011 - Centro Educacional Alpha Ideal - Braço do Norte/SC)

Meus alunos, quem são eles?
Crianças maravilhosas!
Encho a boca para dizer:
por eles fico orgulhosa!

Meus alunos, como são?
Crianças sensacionais:
Cantam, riem, aprendem muito,
brincam a não poder mais!

O que desejo pra eles?
Isso já não é segredo...
Quero que sejam muito felizes
e que do futuro não tenham medo!

(Maria Mogorim)

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Manhã


A noite é para dormir....
Para acordar, a manhã!
Olhos vivos e abertos,
sentidos todos despertos...
Cheiro e sabor de hortelã!

(Maria Mogorim)

terça-feira, 15 de novembro de 2011

FOGO e ÁGUA

Fiz esta Poesia para meu Marido Dauto, que é do signo de aquário.
Sou do signo de leão:
fogo inquieto, fulgurante...
Para aplacar os arroubos
desta chama replicante,
claro! Só poderia ser
a água cristalina e pura
vinda de um homem de aquário,
que aquieta e segura,
a fúria das labaredas
das minhas agitadas idéias
que movem-se descontroladas
feito loucas centopéias!

Como diz o ditado
falado por muita gente,
os opostos se atraem
e aqui não foi diferente:
Para o fogo palpitante
do signo de leão
a água segura de aquário
foi pura fascinação...

Por desígnio de Deus
estes antagônicos e vitais elementos
muitas vezes não se compreendem,
discordam nos pensamentos...
Mas seguem lado a lado,
partilhando sentimentos:
Respeito, admiração, amor, reconhecimento...

O fogo reverencia a água
por sua força e tenacidade.
A água elogia o fogo
por seu calor e vivacidade.

A qualidade que a um falta
o outro tem de sobra...
E assim o destino
concluiu sua obra:
uniu duas forças
assim tão diferentes,
deveriam destoar, mas...
Completam-se perfeitamente!
(Maria Mogorim)

domingo, 13 de novembro de 2011

O Velho, o Menino e Eu


Encontrei-me com um velho que me disse:
_ Estou cansado!
Me ajude a continuar,
não quero ficar parado...

Encontrei-me com um menino que me disse:
_ Estou muito ansioso, elétrico, agitado!
Me ajude! Preciso descansar um pouco,
ficar um tempo parado...

Tornei-me amiga deles,
moram dentro de mim...
São o côncavo e o convexo,
desse universo complexo,
onde se alternam e misturam
começo, meio e fim!

(Maria Mogorim)

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Poema para Drummond


No meio do caminho
tinha um poeta...
Um poeta doce e tão magrinho...

No meio do caminho
tinha a beleza...
Dos seus versos, do seu carinho...

No meio do caminho
sentei-me na pedra,
li seus versos, ouvi os passarinhos...

No meio do caminho
encontrei sua poesia, apaixonei-me
e nunca mais fiquei sozinho...

(Maria Mogorim)

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Dentro de mim


Sou um poço
sem fundo,
o infinito...

Um abismo no oceano
dos meus desenganos...

Quanto mais
mergulho em mim
menos me conheço...

Quem sou eu?
Com quem pareço?

Desfeitos Laços


A vida continua...
Mesmos postes...
Mesma rua...
Com ou sem lua...

Cada um segue,
passo a passo,
determinando
seu próprio compasso...

Mas o destino arma seu laço...
Me viro do avesso, me despedaço...
Às vezes quero apertar os nós
 e os desfaço...
(Maria Mogorim)

domingo, 23 de outubro de 2011

Fênix


Tem gente que faz a "siesta"
à sombra de árvore alheia...
Depois acorda, levanta e a incendeia!

Mas entre as cinzas
ficou a semente,
Fênix incansável, paciente...

Quando a primeira chuva cair,
renascerá e, mais majestosa,
voltará a existir... 
(Maria Mogorim)

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O Som do Teu Silêncio


O som do teu silêncio
me perturba, é cortante;
me humilha, é ultrajante...

Por que me ignoras?
Sai de casa, se demora
sem dizer se vai voltar?
Acaso achas que minto
quando te imploro para ficar?

Dê-me logo uma resposta,
não precisas pagar a aposta,
a vida não vai te cobrar...
Só com você é que eu jogo,
por favor volte logo,
não me faças esperar!

Ah! Esse teu silêncio longo
É mais barulhento que um estrondo!
É mesmo ensurdecedor!
Não consigo me concentrar direito,
dá-me um aperto no peito,
acho que isso é amor...
(Maria Mogorim)

domingo, 9 de outubro de 2011

ESFINGE


Me desnudo, me exponho,
revelo meu sonho...
Dou a cara pra bater!

Não sou esfinge 
à beira da estrada,
não espero ser decifrada ... 
Tenho mais o que fazer!

Às vezes desapareço,
me recolho, encolho, adormeço...
E neste tempo tão breve 
busco me refazer!

(Maria Mogorim)

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

"TPM"

Hoje acordei com "TPM":
"Tendência Para Melancolia"...
Mas é coisa minha...
Não vou culpar o dia...
(Maria Mogorim)

MISTÉRIO

"Não tenho medo da morte...
Ela não tem segredos...
A vida sim é misteriosa
e às vezes me põe medo!"
(Maria Mogorim)

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

A Vida

(Praia do Gravatá-Laguna-SC- Fev/2011)
A VIDA
A vida é feita de coisas, pessoas, atitudes, situações:
Grandes e pequenas,
Agitadas e serenas,
Sossego e atribulações.

Coisas caras, baratas, supérfluas ou indispensáveis.
Pessoas interessantes, chatas, inconseqüentes ou responsáveis.
Atitudes corretas, insensatas, covardes ou inabaláveis.
Situações perenes, breves, felizes ou irremediáveis.

Coisas grandes ou pequenas.
Pessoas agitadas ou serenas.
Atitudes graves ou amenas.
Situações privilegiadas ou dignas de pena.

Assim é a nossa jornada Terrena!
(Maria Mogorim)

terça-feira, 6 de setembro de 2011

O Rouxinol























O Rouxinol cantava livre,
alegrando todo o Reino...
Em pouco tempo caíra
nas graças de todos, o pequeno.

Era elogiado e do seu canto se compraziam.
Há quantos resgatava do pranto
com seu canto mavioso e macio...

Porém um dia o Rei
ouviu falar da novidade
que satisfazia seus súditos
sem consultar sua autoridade...

Mandou que o aprisionassem
em uma preciosa gaiola:
- Cante agora só para mim
atrevida ave sonora!

E o Rouxinol cantava,
pois era de sua natureza,
mesmo sabendo, que lá de fora,
nunca mais veria as belezas...
(Maria Mogorim)


sábado, 20 de agosto de 2011

Gravidez

Numa manhã suave e fria
engravidei de poesia
e pari rimas irmãs...
Nasceram tão fraquinhas...
Mas por insistência minha 
viveram e tornaram-se anciãs...

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Pais e Pipas - Homenagem pelo Dia dos Pais

 
  Uma noite tive um sonho interessante: sonhei que próximo a mim um garoto empinava sua pipa sem muito sucesso quando outro aproximou-se e disse:
  _ Para que sua pipa voe alto você precisa dar mais linha!
  Então o primeiro garoto soltou seu carretel de repente, a linha solta abruptamente enrolou-se, a pipa desnorteou-se, bateu no fio de alta tensão e explodiu.
  Não sei por que mas, no sonho mesmo, pensei que a situação daria uma boa analogia com a relação entre pais e filhos: os filhos são as nossas pipas: se os prendermos demais, se dermos pouca “linha” nunca voarão alto, tornar-se-ão medíocres, sua visão será limitada, jamais divisarão as belezas além do horizonte.
  Porém se soltarmos a linha cedo demais ou muito rápido ela poderá enroscar-se e a “pipa” perderá o rumo ou cairá vertiginosamente.
  Havemos de soltar a linha com cautela e continuamente para que a “pipa” suba confiante até o potencial máximo de sua linha.
  E lembre-se: não importa o quão alto e distante ela consiga ir, sempre estará ligada a quem soltou cuidadosamente sua linha e, mesmo de longe, observa atentamente seus movimentos para saber que correntes de ar a influenciam, impulsionam ou desviam do seu rumo, pois a linha que nos liga a nossas “pipas” é a mais forte e a mais duradoura:  é a linha do AMOR!

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Dia do Estudante - 11 de agosto



Estudante

Aprender sempre
em qualquer idade,
atividade, ou profissão
é receita de longevidade
para a mente e o coração!

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Era uma vez...


Era uma vez,
numa outra vida,
era João não era Maria...

Era uma vez,
numa outra vida,
seus olhos queimavam,
sua face ardia...

Era uma vez,
numa outra vida,
pobre João
sem sua Maria...

Trabalhava, noite e dia,
numa escaldante
e suja carvoaria
por míseros vintens
que mal pagavam
o pão de cada dia...

Mas havia  Toninho,
José e Sofia...

Era uma vez
uma vida dura e triste,
mas ainda com esperança
e poesia...

Como? Onde?
Na pobre casa,
ao final do dia,
no amor dos doces
e infantis olhos
de Toninho, José e Sofia...

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Manifestação pela Paz


Não importa qual é o "fim",
há que se encontrar outros meios!
Nada de bom pode resultar
de um ato tão ruim e feio!

Violência, morte,
destruição e terror...
Para mudar o mundo
é preciso causar tanta dor?

A pergunta é retórica:
é claro, óbvio que não!
Infelizmente alguns
ainda discordam nesta questão...

A arma mais poderosa
para a mudança social,
é amar o seu próximo
mesmo não sendo seu igual!

Mesmo que não consiga entender,
respeitar o diferente,
é o primeiro passo
para um mundo mais decente!

quinta-feira, 21 de julho de 2011

A EVA


Ivo viu a uva...
Não devia, mas pegou...
Ivo viu a Eva
e a uva ofertou...

Eva ficou feliz
porque eram uvas,
não maçãs...
Ivo era um bom homem
talvez não fosse embora
logo cedo, de manhã...

Quem sabe...
Talvez ele
gostasse mesmo dela...
Poderiam alugar
aquela casinha amarela...
Realizar seu antigo sonho
de ter família, horta, jardim...
Talvez pudesse buscar
seu filhinho Joaquim...

Não tinha esta vida por gosto
e sim por necessidade,
ainda acreditava que tinha
direito à felicidade...

A UVA


Havia a uva
e era do Ivo.
Havia a uva
e não era a do livro.

Ivo viu a uva,
mas só depois
de cultivar a videira.
E não cultivou sozinho,
teve ajuda da família inteira.

Transformará a uva em vinho,
convidará os vizinhos
para celebrarem a colheita
e a amizade que se fortaleceu
durante todo este caminho...

domingo, 17 de julho de 2011

O OVO


À noite, havia o ovo
e era um.
Havia a fome
e era muita
desde a manhã
sem desjejum...

Fitou o ovo, ali parado,
como a saber-se o derradeiro...
Sabia não seria suficiente
para aplacar a fome de um dia inteiro...

Mas vá lá!
Era um ovo e há tantos
que nada têm!
Melhor deixar de Filosofia
amanhã é outro dia!
Quem sabe a sorte vem!?

Talvez consiga um emprego,
não quer voltar pra prisão...
Qualquer trabalho serve
desde que lhe dê direito
a uma boa refeição...

sexta-feira, 15 de julho de 2011

TEMPO II


Na sexta-feira chuvosa,
à tarde, no escritório,
o tempo não passa...
Se arrasta...
Qual oração em velório...

TEMPO


O tempo me atropelou...
Nem parou para prestar socorro!
Fiquei com algumas marcas...
Mas tão fácil assim não morro!

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Duas Caras


Quando é que uma meia mentira
transforma-se em meia verdade?

Quando é que uma meia verdade
torna-se uma mentira?

Quando é que a omissão
sufoca quem a respira?

Quando a covardia
cala o coração,
impedindo a verdade
de socorrer um irmão.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

VIAGEM


Chego de madrugada,
mais dormindo que acordada,
cansada da longa estrada
que caminhando percorri...
Sei que faz parte da vida,
trilhar caminhos,
curar feridas
e abrir portas
como eu abri.

domingo, 19 de junho de 2011

Quando eu morrer

Quando eu morrer
não quero que me enterrem
numa cova muito profunda...
Quero misturar-me à terra
e torná-la mais fecunda.

Quero que plantem sobre mim
um pé de ipê ou flamboyant...
Acho linda a ideia
de renascer flor no amanhã...

Talvez  nos meus galhos
queiram cantar os passarinhos...
Quem sabe ali possam
construir seus belos ninhos...

Quem dera pessoas amigas 
possam à minha sombra descansar
e que, caindo em seus cabelos,
minhas flores venham lhes enfeitar... 

quinta-feira, 16 de junho de 2011

NINA


Dez de janeiro, de 2010...
Domingo chuvoso, sombrio de temporal...
Perdemos Nina, nossa cachorra menina.
A dor dilacera o poeta,
mas não lhe tira a rima...

O céu chora lá fora,
choramos nós aqui dentro,
em profundo sofrimento...

Pena, fosses tão jovem
tantas flores ainda para comer...
Tantos buracos a cavar...
Tantas brincadeiras a fazer...

Quem vai lamber os meus pés,
me deixando indignada,
quando, com meus sapatos novos,
eu estiver saindo apressada?

Quem vai deitar-se na porta,
me obrigando a pular por cima,
com jeito displicente
de atrevida menina?

Quem vai ansiosamente
aguardar pelo lixeiro,
latindo tão alto e forte
que se ouvia
no bairro inteiro?

E a sua inseparável companheira,
a velha pincher Babi,
como reagirá sem você por aqui?

Ficará ainda mais rabugenta
pela saudade mordida,
mas como nós aprenderá
a curar sua ferida.

Dizem que quem tem
a chave do céu é São Pedro
e ele, sabendo da sua rebelde alegria,
acreditou que fosse útil
para acabar com a monotonia.

Os querubins andavam
meio fora de forma por lá,
 meio entediados,
sem ter com o que brincar,
mas com a sua chegada
tudo isso irá mudar...

 Ah, Nina! Seu olhar sempre tão terno,
sua alegria genuína...
Nunca a esqueceremos,
vá com Deus boa menina!