Tranço a Poesia
por entre meus cabelos,
mas ela escorre, despretensiosa,
apesar dos meus desvelos...
Se esvai no tic tac
do relógio, pouco a pouco,
quando ele insiste
em dar voltas como um louco,
que persegue os anos
das nossas vidas...
É o imbatível vencedor
ao final desta corrida...
E a Poesia?
Se com o tempo competisse
o venceria por certo,
com os grandes poemas
que compõem seus exércitos...
Ela dominaria o Tempo
com a beleza das palavras...
Poderia retrocedê-lo,
congelá-lo, ou avançá-lo...
Ele seria obediente
como um valoroso vassalo...
Mas ela não compete,
isso não lhe interessa...
A Poesia, meu bem,
A Poesia não tem pressa!
(Maria Mogorim)
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