terça-feira, 17 de abril de 2012

Investigação


Fumaça,
fogo,
fuligem...

Enjoo,
tontura,
vertigem...

Paixão,
amor,
afligem...

É mais fácil 
solucionar um problema,
quando descobrimos sua origem...
(Maria Mogorim)

Relatividade


O tempo é relativo...
O espaço talvez não...
Só assim pode-se explicar
como, por tantos anos, 
um amor pode habitar,
com a mesma intensidade,
o espaço do coração...
(Maria Mogorim)

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Os ricos...


Todos podem
caminhar descalços no gramado,
apreciar os verdes prados...
Os ricos podem mais...

Todos podem 
contemplar o azul dos oceanos,
aprender com os seus enganos...
Os ricos podem mais...

Todos podem
apreciar uma noite de lua,
confraternizar com os vizinhos da rua...
Os ricos podem mais...

Todos podem
viajar em pensamentos e lembranças,
reacender a luz da esperança...
Os ricos podem mais...

Todos podem
apreciar o calor do sol,
cultivar um girassol...
Mas os ricos podem mais...

Calma! Controle sua indignação!
Falo dos ricos de espírito,
da grandeza do coração!

Dinheiro pode ser muito bom,
mas não compra o verdadeiro dom...
O dom de ver além do olhar,
valorizar a vida, amar, amar, amar...
(Maria Mogorim)

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Duelo



A minha Poesia não a pude terminar...
Foi dilacerada, fragmentou-se no ar...

A lâmina foi a dor,
da espada do amor,
atravessou o meu peito,
não pude mais respirar...

Derrotou-me no combate
e fugiu, em disparate,
este reacionário amor bandido!

Agora é ele quem chora,
pois não terá mais o prazer
de poder duelar comigo...
(Maria Mogorim)

A Cidade


A cidade tem pressa,
mas também tem praça...

O Poeta faz graça 
quando senta na praça,
fingindo não notar 
a pressa que se estressa...

Não é pirraça! 
Ele só quer 
que a pressa possa
apreciar, um pouco, 
a beleza do tempo que passa...
(Maria Mogorim)

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Talvez...


Talvez eu queira...
Talvez não queira...
Talvez requeira...
O importante é decidir 
de que maneira
para evitar 
fazer uma besteira...
(Maria Mogorim)

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Ostra


Estou numa concha...
sou uma ostra que,
sem pérola,
jaz amarela...
(Maria Mogorim)

Pessoas


Há pessoas que são barcos:
flutuam leves pela vida,
ao sabor do vento...

Há pessoas que são moinhos:
o vento as toca,
suas pás se movem
sem nunca mudarem seus caminhos...

Há pessoas que são ilhas...
Há pessoas que são pontes...
Umas são muros...
Outras horizontes...

Eu?
Sou cada uma dessas coisas,
dependendo do instante...
Intensa, densa, inconstante...
(Maria Mogorim)