E ela dorme...
E por que é tão profundo o teu sonhar?
Será que aguarda o príncipe para um solene despertar?
E se não vier, será para sempre assim o seu viver?
Imersa em sonhos que jamais iremos conhecer...
E será que não prefere assim continuar?
Personagem encantado, do tempo a caçoar...
Durma, durma Bela Donzela!
Ah! E o tempo, criação dos meros mortais...
se desespera diante de sua juventude que não se desfará jamais...
Corre, corre o tempo na frenética busca
pelo príncipe destemido que tornar-se-á seu marido...
Ah! O tempo! Cavaleiro errante... incansável viajante
quer os sonhos dominar...
Fica todo, todo aflito, pois lhe é inescrutável,
da Donzela, o sonhar...
Mas sempre perde a batalha,
pois mais rápido que o tempo
é o sonho, o pensamento, imaginar, imaginar...
(Maria Mogorim)
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